quarta-feira, 20 de junho de 2018

relational effect Graceli - 10.621.



effect of superconductivity ratio 1 and 2 and superfluidity [quantum] with material types, temperature, magnetism, random fluxes and quantum leaps, entropy, tunnels, entanglements, uncertainties of Graceli.



there is a close relationship of values between material types, temperature, random flows, and others. and Tc for potential types and levels of superconductivity and superfluidity materials.





that is, in superconductivity and superfluidity the levels of potential conductors of materials are the determinants, where Tc as well as Mc, and Ec, [critical temperatures, magnetism, and electricity are part of the set of elements [agents] that will have fundamental action on superconductivity 1 and 2 and superfluidity. and according to types of materials [ferromagnetic, diamagnetic, paramagnetic].

efeito relacional Graceli - 10.621.

efeito de relação de supercondutividade 1 e 2 e superfluidez com tipos de materiais, temperatura, magnetismo, fluxos aleatórios e saltos quântico, entropia, tunelamentos, emaranhamentos, incertezas de Graceli.

há uma relação de proximidade de valores entre tipos de materiais, temperatura, fluxos aleatórios, e outros. e conforme a Tc para tipos e níveis potenciais de materiais para supercondutividades e superfluidez.


ou seja, nas supercondutividades e superfluidez os níveis de potenciais condutores dos materiais são os determinantes, onde a Tc como também o Mc, e a Ec, [temperaturas, magnetismo, eletricidade críticas fazem parte do conjunto de elementos [agentes] que terão ação fundamental sobre as supercondutividades 1 e 2 e a superfluidez. e conforme tipos de materiais [ferromagnético, diamagnéticos, paramagnéticos].

terça-feira, 19 de junho de 2018


Trans-intermecânica Graceli transcendente e indeterminada.
Efeitos 10.612 a 10.615.

quantum superconductivity Graceli.





as already explained by Graceli, there is a direct relationship between types of materials, states, families, metals and nonmetals, energy and temperature, electricity and magnetism, pressures and radioactivity, and others, and according to the time of action present in the Graceli categories.



where it has waves and interactions, jumps and emissions, paths and transformations, that is, if it has a quantum superconductivity Graceli in the phenomena of superconductivity, which are variables according to diamagnetic, ferromagnetic, paramagnetic, isotopes, states, potential Graceli of phases of physical states. and others.





and randomness and indeterminacy present in apparently random lines with only four (4) atoms of width, where electrons flow in superconductors (cubrates) and freely move through the crystalline structure of these materials, despite the "defects" (resulting from the balance between disorder, interactions and material anisotropy).



Let's see what literature brings us.


supercondutividade quântica Graceli.


conforme já exposto por Graceli há uma relação direta entre tipos de materiais, estados, famílias, metais e não-metais, energia e temperatura, eletricidade e magnetismo, pressões e radioatividade, e outros, e conforme tempo de ação presente nas categorias de Graceli.

onde se tem ondas e interações, saltos e emissões, caminhos e transformações, ou seja, se tem com isto uma supercondutividade quântica Graceli nos fenômenos da supercondutividade, que são variáveis conforme diamagnéticos, ferromagnéticos, paramagnéticos, isotopos, estados, potenciais Graceli de mudanças de fases de estados físicos. e outros.


e, aleatoriedade e indeterminalidade presente em :  linhas aparentemente aleatórias, com apenas quatro (4) átomos de largura, por onde os elétrons fluem nos supercondutores (do tipo cubratos) e que se movem livremente pela estrutura cristalina desses materiais, apesar dos “defeitos” (decorrentes do balanço entre desordem, interações e anisotropia do material) próprios dos mesmos.

vejamos o que a literatura nos trás.


Conforme vimos em verbete desta série, os físicos holandeses Heike Kamerlingh-Onnes (1853-1926; PNF, 1913), Gerrit Jan Flim (1875-1970) e Gilles Holst (1886-1968) anunciaram, em 1911 (Communications from the Physical Laboratory at University of Leiden 122B e 124C), que na temperatura de ~ 4.2 K [temperatura de liquefação do hélio (He)], a resistência elétrica do mercúrio caía bruscamente para 10-5 ohms. Esse resultado indicava que haviam descoberto um novo fenômeno físico, denominado por Onnes de supracondutividade, posteriormente conhecida como supercondutividade. Durante muitos anos depois dessa descoberta de Onnes, acreditou-se que, exceto pelo fato de apresentarem resistência quase nula, esses novos materiais, denominados posteriormente de supercondutores, possuíam as mesmas propriedades que os condutores normais. Contudo, a descoberta do Efeito MeissnerOchsenfeld, em 1933 (vide verbete nesta série), mostrou que o estado supercondutor era diamagnético (repele campos magnéticos). A partir daí, várias teorias foram desenvolvidas para explicar esse novo estado da matéria. A teoria hoje mais aceita para explicar esse novo fenômeno foi desenvolvida, em 1957 (Physical Review 108, p. 1175), pelos físicos norteamericanos John Bardeen (1908-1991; PNF, 1956; 1972), Leon Neil Cooper (n.1930; PNF, 1972) e John Robert Schrieffer (n.1931; PNF, 1972), a conhecida Teoria BCS (ver verbete nesta série), segundo a qual o estado supercondutor deve-se, essencialmente, a uma condensação de elétrons em pares de Cooper (par elétron-fônon, sendo o fônon a vibração quântica de uma rede cristalina) de momento linear comum e sendo representada por uma função de onda coerente única. Por fim, em 1986 (Zeitschrift für Physik B64, p. 189), os físicos, o suíço Karl Alexander Müller (n.1927; PNF, 1987) e o alemão Johannes Georg Bednorz (n.1950; PNF, 1987), anunciaram que uma cerâmica (tipo cubrato) envolvendo óxido de cobre (CuO), lantânio (La) e bário (Ba) (BaLaCuO), se tornava supercondutora na temperatura crítica (TC) em torno de 30 K (~ - 243 0 C). A partir daí, iniciou-se a era da Supercondutividade de Alta Temperatura, sendo que neste Século 21, foram descobertas outros materiais supercondutores diferentes dos cubratos, como, por exemplo, os pnictogenetos de ferro, formados com base no arsenieto de ferro (FeAs), tornando-se supercondutores no seguinte intervalo de temperatura crítica TC: 4 - 56 K (~ - 269 - 2170 C), descobertos em 2006, pela equipe do físico japonês Hideo Hosono (n.1953), no Instituto de Tecnologia de Tóquio. Registre-se que um dos objetos de pesquisa atuais é sobre a aplicabilidade da Teoria BCS nos cupratos e nos pnictogenetos de ferro. [Graham P. Collins, Scientific American Brasil 88, p. 48 (Setembro de 2009); e Antonio R. de C. Romaguera, Cristiane Moraes Smith e Mauro M. Doria, Ciência Hoje 44, p. 42 (Setembro de 2009)]. Segundo artigo publicado no informativo (Inovação Tecnológica de 04 de outubro de 2012), os físicos que estudam a supercondutividade em temperatura ambiente, procuram encontrar amostras ultrapuras, cristalinamente perfeitas e que sejam 100% supercondutoras, ou seja, sem nenhuma perda. Assim, em 2012 (Nature Communications 3, article number 915), Benjamin Phillabaum, Erica W. Carlson e Karin A. Dahmen descreveram uma experiência [usando um microscópio de tunelamento (vide verbete nesta série)] na qual mapearam linhas aparentemente aleatórias, com apenas quatro (4) átomos de largura, por onde os elétrons fluem nos supercondutores (do tipo cubratos) e que se movem livremente pela estrutura cristalina desses materiais, apesar dos “defeitos” (decorrentes do balanço entre desordem, interações e anisotropia do material) próprios dos mesmos.

[photon-superconducting effect Graceli]

according to types of materials, phenomena energies and categories of Graceli, and according to types of photons and lasers on sheet of conductive materials, if there are superconductivity and phenomena correlated variables according to the agents involved in the processes.

[efeito fóton-supercondutor Graceli]

conforme tipos de materiais, energias fenômenos e categorias de Graceli, e conforme tipos de fotons e lasers sobre chapa de materiais  comdutores, se tem supercondutividade e fenomenos correlacionados variáveis conforme os agentes envolvidos nos processos.



superconducting Graceli quantum mechanics. [MQGSC].

The purpose of the proposed superconductive quantum mechanics by Graceli:


 are the quantum phenomena that occur during superconductivity involving energies, phenomena, type tunnels, entanglements, ion and charge interactions, electrostatic potential, emissions and absorptions, quantum leaps, transformations, phase changes of physical states and potential states of Graceli, flows quantum and vibrational, randomness and indeterminacy, chains and transcendences, resistances, and others, and according to types of structures and materials, molecules, isotopes, temperature, electricity and magnetism, radioactivity, reflection and refraction, diffraction, and other phenomena and energies, mass , momentum, binding energy between electrons and particles, charge actions.

where for each type and level of superconductivity achieved there are types of materials and molecules in relation to the phenomena and energies mentioned above.

as well as the superconductivity at low temperatures and according to the types of materials, pressures, and atmospheric pressure.

other phenomena, electromagnetic, thermal, radioactivity, transmutations, absorptions, in effect to the photons [photon-superconducting effect Graceli]

and all in relation to the agents and categories of Graceli.


let's look at high temperatures:


mecânica quântica Graceli supercondutora. [MQGSC].

O objetivo do proposto da mecânica quantica supercondutora por Graceli:


 são os fenômenos quânticos que ocorrem durante a supercondutividade envolvendo energias, fenômenos, tipo tunelamentos, emaranhamentos, interações de íons e cargas, potencial eletrostático, emissões e absorções, saltos quântico, transformações, mudanças de fases de estados físicos e estados potenciais de Graceli, fluxos quântico e vibratórios, aleatoriedade e indeterminalidade, cadeias e transcendências, resistências, e outros, e conforme tipos de estruturas e materiais, moléculas, isotopos, temperatura, eletricidade e magnetismo, radioatividade, reflexão e refração, difração, e outros fenômenos e energias, massa, momentum, energia de ligação entre elétrons e partículas, ações de cargas.

onde para cada tipo e nível de supercondutividade alcançada se tem tipos de materiais e moléculas numa relação com os fenômenos e energias citados acima.

como também se tem a supercondutividade em baixas temperaturas e conforme os tipos dos materiais, pressões, e pressão atmosférica.

outtros fenômenos eletromagnético, térmico, de radioatividade, de transmutações, de absorçoes, em realção à fótons [efeito fóton-supercondutor Graceli]

e todos em relação à agentes e categorias de Graceli.


vejamos para altas temperaturas:
O objetivo do proposto da mecânica quantica supercondutora por Graceli:


 são os fenômenos quânticos que ocorrem durante a supercondutividade envolvendo energias, fenômenos, tipo tunelamentos, emaranhamentos, interações de íons e cargas, potencial eletrostático, emissões e absorções, saltos quântico, transformações, mudanças de fases de estados físicos e estados potenciais de Graceli, fluxos quântico e vibratórios, aleatoriedade e indeterminalidade, cadeias e transcendências, resistências, e outros, e conforme tipos de estruturas e materiais, moléculas, isotopos, temperatura, eletricidade e magnetismo, radioatividade, reflexão e refração, difração, e outros fenômenos e energias, massa, momentum, energia de ligação entre elétrons e partículas, ações de cargas.

onde para cada tipo e nível de supercondutividade alcançada se tem tipos de materiais e moléculas numa relação com os fenômenos e energias citados acima.

como também se tem a supercondutividade em baixas temperaturas e conforme os tipos dos materiais, pressões, e pressão atmosférica.

vejamos para altas temperaturas:

O PNF de 1987 foi concedido aos físicos, o suíço Karl Alexander Müller (n.1927) e o alemão JohannesGeorg Bednorz (n.1950), pela descoberta das cerâmicas supercondutoras. Em verbetes desta série, vimos que o fenômeno da supercondutividade foi descoberto em 1911, pelo físico holandês HeikeKamerlingh-Onnes (1853-1926; PNF, 1913), com a colaboração de seu mestre artífice, o holandês Gerrit Jan Flim (1875-1970) e de seu aluno, o físico holandês Gilles Holst (1886-1968), ao observarem que na temperatura crítica (TCde ~ 4.2 K, a resistência elétrica do mercúrio (Hg) caía bruscamente para 10-5 ohms. Em 1913, Onnes observou que a corrente elétrica desfazia o estado supercondutor do Hg. Mais tarde, em 1916, o físico norte-americano Francis Briggs Silsbee (1889-1967) confirmou essa observação de Onnes, porém afirmou que a quebra do estado supercondutor devia-se ao campo magnético associado à corrente elétrica e não à corrente em si.
                   Durante muitos anos depois dessa descoberta de Onnes, acreditou-se que, exceto pelo fato de apresentarem resistência quase nula, esses novos materiais, denominados posteriormente de supercondutores, possuíam as mesmas propriedades que os condutores normais. Somente em 1933, os físicos alemães Fritz Walther Meissner (1882-1974) e Robert Ochsenfeld (1901-1993) descobriram que o estado supercondutor é diamagnético, descoberta essa mais tarde conhecida como efeito Meissner-Ochsenfeld (vide verbete nesta série). A partir daí, começaram a surgir teorias fenomenológicas para explicar esse fenômeno físico.
                   Com efeito, ainda na década de 1930, duas teorias fenomenológicas foram desenvolvidas para explicar a supercondutividade: a termodinâmica, desenvolvida pelos físicos holandeses CornelisJacobus Gorter (1907-1980) e Hendrik Brugt Gerhard Casimir (1909-2000), em 1934; e a eletrodinâmica, elaborada pelos físicos alemães, os irmãos London, Fritz Wolfgang (1900-1954) e Heinz(1907-1970), em 1935, teorias essas que receberam, em 1950, um tratamento quanto-mecânico por parte dos físicos russos Vitaly Lazarevich Ginzburg (n.1916; PNF, 2003) e Lev Davidovich Landau (1908-1968; PNF, 1962), tratamento esse que ficou conhecido como Teoria de Landau-Ginzburg, na qual os efeitos cooperativos dos elétrons são descritos por um campo escalar complexo. Também em 1950, o físico alemão Herbert Fröhlich (1905-1992) e, independentemente, o físico norte-americano John Bardeen (1908-1991; PNF, 1956; 1972), propuseram que o estado supercondutor era devido à interação entre os elétrons e a vibração (fônon) dos átomos no cristal, interação essa mais tarde conhecida como interação elétron-fônon. Logo depois, em 1952, Fröhlich apresentou a ideia de que essa interação produzia uma atração entre elétrons, e que em muitos metais essa atração era ligeiramente superior à repulsão coulombiana eletrônica. Em 1956, o físico norte-americano Leon Neil Cooper (n.1930; PNF, 1972) mostrou que, se um elétron passar nas proximidades de um íon positivo de um cristal supercondutor interage com o mesmo, provoca a vibração da rede cristalina e a consequenteemissão de um fônon. Contudo, se um segundo elétron passar, subsequentemente, pelo mesmo íon, ele absorverá esse fônon, trocando momentos lineares, e os dois elétrons caminharão juntos no menor estado de energia possível, constituindo o que ficou conhecido desde então como o par de Cooper (vide verbete nesta série).
                   As Teorias Fenomenológicas da Supercondutividade tratadas acima, indicavam que havia necessidade do desenvolvimento de uma Teoria Microscópica da Supercondutividade, uma vez que naquelas teorias ficava evidente que o fenômeno da supercondutividade se devia, de algum modo, à interação elétron-fônon. Desse modo, em 1957, Bardeen, Cooper e o físico norte-americano John Robert Schrieffer (n.1931; PNF, 1972) desenvolveram a hoje célebre Teoria BCS (vide verbete nesta série), segundo a qual o estado supercondutor deve-se, essencialmente, a uma condensação de elétrons em pares de Cooper de momento linear comum e sendo representada por uma função de onda coerente única.  Em 1958, o físico russo Nikolai Nikolaevich Bogoliubov (1900-1992) e, independentemente, o físico norte-americano Philip Warren Anderson (n.1923; PNF, 1977), apresentaram também uma Teoria Microscópica da Supercondutividade. No entanto, enquanto Bogoliubov usou o conceito de quase-partícula, pois, para ele, a supercondutividade é descrita por uma mistura coerente de elétrons e dessas “partículas” (sobre essas “partículas” ou “buracos”, ver verbete nesta série), Anderson usou o conceito de localização: estado isolado quando um metal não-interagente é submetido a um grande potencial randômico.
                   Desde a descoberta da supercondutividade, a temperatura em que ocorre o estado supercondutor tem sido uma das grandes dificuldades para a operacionalidade dos supercondutores. Durante algumas décadas, a maior temperatura em que se conseguia o estado supercondutor era de ~4.2 K (~ - 2690 C), conseguida por Onnes, em 1911, conforme vimos acima. Contudo, em 1953 (Physical Review 92, p. 874), o físico germano norte-americano Bernd Teo Matthias (1918-1980) observou que alguns compostos (ligas) do nióbio (Nb) [com carbono (C), nitrogênio (N), estanho (Sn) e alumínio (A)] se tornavam supercondutores em temperaturas maiores do que 4.2 K. Por exemplo: < 15 K (< ~ - 2580 C) para os compostos  NbC e NbN; e ~ 17 K (~ - 2460 C) para os compostos Nb3Sn e Nb3A. Em 1964 (Physical Review Letters 12, p. 474), J. F. Scholey, W. R. Hosler e Marvin L. Cohen mostraram a supercondutividade do óxido metálico titanato de estrôncio (SrTiO3) na temperatura de 0,3 K (< - 2730 C). Quase uma década depois, em 1973 (Applied Physics Letters 23, p. 480), John R. Gavaler observou que ligas de nióbio e germânio (Nb3Ge) se tornavam supercondutoras na temperatura crítica de 23,2 K (~ - 2500 C). Em 1979, férmions pesados, com um composto de urânio e platina (UPt3), também se tornavam supercondutores na temperatura de ~ 1 K (~ - 2720 C) [Graham P. Collins, Scientific American Brasil 88, p. 48 (Setembro de 2009)]. Nessa época, parecia ser essa a máxima temperatura (TC) necessária para conseguir-se um estado supercondutor, até as descobertas de Müller e Bednorz.
                   Müller defendeu, em 1958, sua Tese de Doutoramento no Swiss Federal Institute ofTechnology [“Instituto Federal de Tecnologia Suíça” (IFTS)], em Zurique, na Suíça, trabalhando com G. Busch, especialista em Ressonância Paramagnética Eletrônica [“Electronic Paramagnetic Resonance“ (EPR)]. Depois de trabalhar alguns anos no Instituto Battelle, em Genebra, também na Suíça, liderando um grupo de pesquisas em EPR, Müller aceitou, em 1963, o convite para reunir-se ao grupo de pesquisas do físico suíço Ambros P. Speiser (1922-2003), então Diretor do recente Laboratório de Pesquisas, fundado pela International Business Machines (IBM), em Rüschlikon, ainda na Suíça. Lá, em companhia de Walter Berlinger, trabalhou com o novo duplo-óxido de estrôncio titânio (SrTiO3) e com cerâmica envolvendo o óxido de cobre (CuO2) (perovskite ou cupreto/cuprato) e o lantânio (La): La2CuO3. Em 1982, tornou-se Fellow da IBM e, nesse mesmo ano, convidou Bednorz (que acabara de doutorar-se no IFTS) para participar de seu grupo de pesquisas que liderava naquele Laboratório. Registre que Bednorz, ainda como aluno de graduação na Universidade de Münster (UM), na Alemanha, havia feito um estágio no referido Laboratório da IBM, entre 1972 e 1974, objetivando desenvolver pesquisas para obter seu Diploma de Graduação na UM, o que aconteceu em 1976. No ano seguinte, ele foi para o IFTS, segundo registramos. É interessante destacar que o perovskite recebeu esse nome em virtude dos trabalhos realizados pelo mineralogista russo, o Conde Lev Aleksevich von Perovski(1792-1856), com minerais naturais, com uma particular estrutura atômica, principalmente, o titanatode cálcio (CaTiO3). [Per Fridtjof DahalSuperconductivity: Its Historical Roots and Development from Mercury to The Ceramics Oxides (American Institute of Physics, 1992)].
                      Em 1983, Müller e Bednorz iniciaram suas pesquisas testando sistematicamente a supercondutividade em novas cerâmicas. Finalmente, em janeiro de 1986, depois de haver testado quase 10 mil amostras de cerâmicas, encontraram uma cerâmica do tipo cuprato com La e bário (Ba): BaxLa2-xCuO4-, que se tornava supercondutora na temperatura crítica (TC) em torno de 30 K (~ - 2430 C). Note que TC depende de x e, portanto, ela atinge o valor máximo ~ 35 K (~ - 2380 C) para x = 0.15.  Essa descoberta de Müller e Bednorz foi anunciada em abril de 1986, em artigo publicado na Zeitschrift für Physik B64, p. 189, e no ano seguinte foram agraciados com o PNF. É interessante registrar que Müller teve a ideia de testar a supercondutividade no tipo de cerâmica que utilizou, quando estava sentado nos jardins do Monastério Medieval em Erice, na Itália, no verão de 1983. Mais tarde leu o trabalho dos químicos franceses Claude Michel e Bernard Raveau, escrito em 1982 (Journal of Solid State Chemistry 43, p. 73), no qual indicava que, em um composto cerâmico daquela classe, havia sinais de condutância elétrica. Aliás, esses sinais já haviam sido observados por Michel, Raveau, L. Er-Rakho e J. Provost, em 1981 (Journal of Solid State Chemistry 37, p. 151). [Karl Alexander Müller and Johannes Georg Bednorz, Nobel Lectures (08 de Dezembro de 1987)].
                   Logo em 1987, dois grupos de pesquisadores, formados por Paul (Ching-Wu) Chu (n.1941) (aluno de Matthias), P. H. Hor, R. L. Meng, L. Gao, Z. J. Hang e Y. Q. Wang (Physical Review Letters 58, p. 405) da Universidade de Houston, e por R. J. Cava, R. B. van Dover, B. Batlogg e E. A. Rietman (PhysicalReview Letters 58, p. 408), dos Bell Laboratories, anunciaram que haviam conseguido cerâmicas supercondutoras envolvendo cupratos formadas, respectivamente, dos compostos LaBaCuO [~ 40 K (~ - 2330 C)] e LaSrCuO [~ 36 K (~ - 2370 C)]. Ainda por essa mesma época, Maw-Kuen Wu (aluno de Chu) e seu grupo, da Universidade do Alabama, juntaram-se ao grupo de Chu e, ao substituírem o La pelo ytrio (Y), e em um trabalho conjunto (Wu, Jim R. AshburnChuan-Jue TorngHorMeng, Gao, Huang, Wang e Chu) anunciaram no começo de 1987 (Physical Review Letters 58, p. 908), que haviam obtido uma nova cerâmica supercondutora com a composição YBaCuO, cuja temperatura era ~ 93 K (~ - 1800C). Essa descoberta foi confirmada por Hor, Gao, Meng, Huang, Wang, K. Forster, J. Vassilious e Chu, ainda em 1987 (Physical Review Letters 58, p. 911). É oportuno destacar que a descoberta do composto YbaCuO, com nitrogênio (N), foi também anunciada independentemente pela equipe do físico chinês Zhong-Xian Zhao (n.1941) do Instituto de Física da Academia Chinesa de Ciências, cujo estudo ele havia iniciado no final de 1986. É interessante registrar que essas novas descobertas sobre cerâmicas supercondutoras na base de cupratos foram anunciadas no Simpósio da Sociedade Americana de Física, realizado em março de 1987, no Hotel Hilton de Nova York, com a participação de 2000 físicos, e que ficou conhecido como o “Woodstock da Física” (Dahal, op. cit.).
                   Na década de 1990, novos supercondutores foram descobertos. Por exemplo, logo em 1991, foi observado que cristais feitos de buckminsterfullereno ou fulereno (C60) [que é uma estrutura formada de 60 átomos de carbono (C) organizados nos vértices de um icosaedro truncado, tendo a forma de uma bola de futebol (com 12 pentágonos e 20 exágonos), e descoberta em 1985 (Nature 318, p. 162), por H. W. Kroto, J. R. Heath, S. C. O´Brien, R. F. Curl e R. E. Smalley] dopados com metais alcalinos como potássio (K), rubídio (Rb) e césio (Cs), se tornam supercondutores no seguinte intervalo de TC: 18 - 33 K (~ - 255 - 2400 C). Mais tarde, em 1995, um cuprato com mercúrio (Hg), cálcio (Ca) e Ba(HgBa2Ca2Cu3O8) e dopado com tálio (T), tornou-se supercondutor na temperatura crítica (TC) de 138 K (~ - 1350 C), na pressão atmosférica, e atingiu a temperatura TC de 164 K (~ - 1090 C), em altas pressões. Veja uma relação de outros cupratos, com a respectiva TC, em: Paulo S. BranícioRevista Brasileira de Ensino de Física 23, p. 381, 2001.
                   Por fim, na atual década de 2000, novas surpresas aconteceram com compostos que se tornam supercondutores e que são diferentes dos cupratos. Logo em 2001 (Nature 410, p. 63), os físicos japoneses J. Nagamatsu, N. Nakagawa, T. Muranaka, Y. Zenitani e Jun Akimitsu anunciaram que o diboreto de magnésio (MgB2) (conhecido desde 1950) se torna supercondutor na temperatura crítica (TC) de 39,2 K (~ - 2330 C). Essa descoberta foi confirmada, em 2002 (Physics World 15, p. 29), por Paul C. Canfield e Sergey L. Bud´ko. Esse supercondutor, diferentemente dos cupratos, é explicado pela Teoria BCS. [Paul C. Canfield e Sergey L. Bud´koScientific American Brasil 81, p. 76 (Maio de 2005)]. Uma nova surpresa sobre os compostos químicos que exibem supercondutividade foi decorrente da descoberta realizada pela equipe de pesquisa do físico japonês Hideo Hosono no Instituto de Tecnologia de Tóquio, em 2006, segundo a qual os pnictogenetos de ferro, formados com base no arsenieto de ferro (FeAs), se tornavam supercondutores no seguinte intervalo de temperatura crítica TC: 4 - 56 K (~ - 269 - 2170 C). Em 2007 (Nature 447, p. 569), Kenjiro K. Gomes, Abhay N. PasupathyAakash PushpShimpei OnoYoichi Ando e Ali Yazdani, da Universidade de Princeton trabalharam com um outrocupreto, envolvendo bismuto (Bi), Ca e Sr, o composto: Bi2Sr2CaCu2O8+cuja temperatura crítica é de ~ 90 K (~ - 1830 C). Um ano depois, em 2008 (Journal of the American Chemical Society 130, p. 3296), Hosono e seu grupo (Yoichi KamiharaTakumi Watanabe e Masahiro Hirano) anunciaram que o composto do tipo La (O1-xFx )FeAs, com x = 0,05-0,12, tornava-se supercondutor em 26 K (~ - 2470 C). Também em 2008 (Superconductor Science and Technology 21, 082001), os físicos chineses Jie Yang, Zheng-Cai Li, Wei LuWei Yi, Xiao-Li ShenZhi-An RenGuang-Can Che, Xiao-Li DongLi-Ling Sun, FangZhou e Zhao anunciaram a descoberta de uma nova família de pnictogenetos de ferro com gadolínio (Gd), o composto GdFeAsO1-, que atingiu TC = 53,5 K (~ - 2200 C). Até o presente momento, ainda se discute sobre a aplicabilidade da Teoria BCS nos cupratos e nos pnictogenetos de ferro, como se pode ver em: Jan ZaanenNature 457, p. 546 (Janeiro de 2009); D. G. HinksNature Physics 5, p. 386 (junho de 2009); Graham P. Collins, Scientific American Brasil 88, p. 48 (Setembro de 2009); e Antonio R. de C. Romaguera, Cristiane Moraes Smith e Mauro M. Doria, Ciência Hoje 44, p. 42 (Setembro de 2009).